O RMS Titanic foi um navio transatlântico da classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, na Irlanda do Norte. No seu lançamento, em 1912, o Titanic detinha
o título de maior navio de passageiros do mundo. Na noite de 14 de abril de 1912,
durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e
afundou duas horas e quarenta minutos depois, já na madrugada do dia 15 de abril.
Com 2 223
pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1 517 pessoas,
hierarquizando-o como a maior catástrofe marítima já registrada em tempos de
paz. O Titanic foi construído com algumas das mais avançadas
tecnologias disponíveis na época e, por isso, foi popularmente referenciado
como "inafundável". Na verdade, um folheto publicitário de 1910 da
White Star Line sobre o Titanic ajudou a embarcação a ganhar essa
fama, pois alegava que ela era "praticamente inafundável". Foi um
grande choque para muitas pessoas o fato de que, apesar dos modernos recursos e
experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como também
causado grande perda de vidas humanas. O frenesi da imprensa sobre as vítimas
famosas do Titanic, as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as
mudanças resultantes no direito marítimo, bem como a descoberta do local do
naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir
famosa desde então.
O naufrágio do navio causou
enorme comoção na época e chocou a opinião pública. Nos anos seguintes, vários
países adotaram leis para tornar as viagens marítimas mais seguras. Novos
regulamentos para comunicação entre embarcações, quantidades mínimas de botes
salva-vidas e outras medidas de segurança foram adotadas, sendo que algumas
persistem até os dias atuais. O legado mais importante neste quesito foi a
assinatura, em 1914, da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar,
na qual várias nações estabeleceram protocolos unificados de segurança e
resposta a acidentes em alto-mar.3
Muito se tem
discutido, desde o acidente, sobre as causas da tragédia. Acredita-se que dois
fatores deram grande contribuição: na noite do naufrágio, os vigílias do mastro
não tinham binóculos à disposição, um item que poderia ter evitado o choque com
o iceberg, se eles o tivessem visto 30 segundos antes. Além disso, o navio
possuía um leme considerado pequeno para guiar uma embarcação daquele tamanho.
Se fosse maior, o navio teria conseguido se desviar do obstáculo de gelo a
tempo. Apesar do relato de muitos passageiros, até a descoberta do navio,
acreditava-se que ele tivesse afundado inteiro, e não se partido em dois.
O fascínio
pela trágica história do famoso transatlântico ficou demonstrado quando da
exibição nos cinemas de Titanic, em 1997, visto por quase 400 milhões de pessoas.
Com o sucesso do filme, o interesse pelo Titanic intensificou-se
ainda mais e fez surgir centenas de livros, estudos, debates e novas teorias a
respeito da causa do naufrágio.
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